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Fábulas de Millor Fernandes maio 30, 2009

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A Viúva 


Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela não pôde resistir e exclamou: ” Mas como, seu marido não morreu há cinco anos?” “Sim, é verdade” — respondeu então a outra, cheia daquela compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos — “mas eu não”.

MORAL: Não morre a passarada quando morre um pássaro.

O Rei dos Animais


Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: “Hei, você aí, macaco – quem é o rei dos animais?” O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: “Claro que é você, Leão, claro que é você!”.

     Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: “Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?” E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: “Currupaco… não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?”.

     Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: “Coruja, não sou eu o maioral da mata?” “Sim, és tu”, disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. “Tigre, – disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?” O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: “Sim”. E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.

     Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: “Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?” O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: “Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado”.

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.


Cantiga de Maldizer,por Glauco Mattoso maio 30, 2009

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Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.

GOVERNAMENTAL

Glauco Mattoso

 

Tamanho nepotismo se constata

nos quadros do governo, que, bem breve,

nenhum parente vivo fora deve

ficar da mordomia e da mamata!

 

o genro, a nora, a sogra mais ingrata,

cunhados e sobrinhos, quem se atreve

a demiti-los, mesmo quando em greve

declaram-se ou trabalham sem gravata?

 

Nenhum apaniguado que se preza

aceita cargo abaixo de chefia,

cartilha em que a família toda reza.

 

Se alguém a falcatrua denuncia,

chamado é de “invejoso”, pois lhe pesa

a culpa de ocupar vaga da tia.

Charges.O Futuro da nação maio 30, 2009

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Não pude colocar as charges mas aí vão os links dos vídeos 

http://charges.uol.com.br/2008/01/18/cotidiano-muita-injustica/
http://charges.uol.com.br/2009/03/04/cotidiano-aluno-estranho/

Música de Gabriel,o Pensador maio 30, 2009

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Estudo Errado – Gabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu “vá pra aula!” e “estude!”
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
– Ué não te ensinaram?
– Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o “porque” é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (…)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
– O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (…)
Vamos fugir dessa jaula!
“Hoje eu tô feliz” (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh… Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio…

“O Jardim das Delícias” Hyeronimus Bosch maio 27, 2009

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Dias de Sombra,dias de Luz(RESUMO CRÍTICO) maio 22, 2009

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É um texo que nos convida a refletir grande questões em nossa sociedade.Sua importãncia está em lançar as realidades de modo que nos estimule a mudar a nação.

Uma das críticas mais firmes que pode-se notar-e afirmo isso porque é feita sem comoções-é a discução sobre o assacinato do João Hélio,que traz a complexa reflexão:quantos pontos de vista existem,quais são os corretos e quantas verdades são possíveis.E essa reflexão aparecem no texto mostrando que o assacino também uma vítima criada por nossa sociedade,e que o adolescente,apesar de vítima,também é culpado.

Outra verdade lançada a todos nós-de maneira chocante-é o erro comentido por todos ao julgar acontecimentos tomados pela emoção e não pela razão.E mostrado também a real face das leis e da “justiça”,lembrando-nos que a mesma nasce entre os homens,com os sentimentos e experiências dos homens,e não com deuses:logo imperfeita.

Após essa citações de erros-bem expostos mas não reconhecidos-de nossa sociedade o autor faz outro convite:o de buscar uma solução e contribuir na resolução dos problemas atuais.

E para terminar o texto ele faz afirmações pessimistas citando falhas constantes na classe dominante,que são o preconceitos com “pobres”; e a desistência da luta contra esse preconceito e contra os problemas atuais.Porém-para animar o leitor crítico-mostra a boa face da nação,que são os jovens que ainda acreditam que os “Dias de Sombra” passaram e também que existe uam chave para a saída:”UM SÓ MUNDO,UM SÓ POVO”.

“Estúpida pergunta” maio 14, 2009

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Mãe Realista. maio 14, 2009

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A imagem da Maioria da População maio 14, 2009

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CARTA DE REPÚDIO maio 14, 2009

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Eunápolis,19/04/2009

 

 

 

Excelentíssimo sr. Robério Oliveira

 Como cidadão e estudante venho por meio desta levar meu repúdio a atual  situação da nossa cidade,é com vergonha que vejo total desrespeito praticado por pessoas que foram eleitas para governar  e zelar  pela nossa cidade. 

Eunápolis se encontra cada vez mais abandonada, temos urubus se multiplicando por se alimentarem do lixo nas ruas.Cidadãos vivem presos dentro de suas casas,e ainda assim não estão seguros pois a marginalidade continua crescendo,graças à má qualidade do ensino público e ao desemprego.

 Com esses problemas jovens são desestimulados a estudar e consequentemente,não conseguem profissão,o que os obriga a optar pela marginalidade,fato que põe em risco toda a população 

É claro vale constar que todos esses problemas citados ocorrem principalmente nas populações mais pobres ,que é justamente a maioria desprivilegiada, e sendo a  maioria, a parte mais contribuinte para vossa eleição.E que ironia,sendo a parte mais importante na eleição e ao mesmo tempo a maioria,deveria  se a mais assistida e o que acontece e justamente o contrário.

 Só mais uma conseqüência de atos como esses é que a violência um dia vai te atingir.Seus filhos,esposa,parentes correram riscos mesmo com guarda-costas protegendo-os pelas ruas.Aos poucos o senhor e toda sua família seram obrigados a viver presos dentro das suas casas assim como os cidadão de nossa cidade,e talvez só assim haja a sua conscientização

 Fica aqui a minha insatisfação com vosso governo

                                                                                                                                                           Atenciosamente,

                                                                           Eduardo Vasconcelos